terça-feira, 8 de abril de 2014

A EXPEDIÇÃO DE ANDREAS MAYER E EUGÊNIO KWASINSKI AO RIO IVAI (1951)

                    Eugênio Hauer Kwasinski, filho de Wladimir (Valdomiro) Kwasinski e Emma Hauer, tinha uma loja de automóveis em Curitiba nos anos 40 e 50 do século passado. Aventureiro, saía pelo mundo fotografando e filmando suas experiências. A providência permitiu que boa parte das fotos e filmes do Eugênio viesse parar em minhas mãos, por intermédio de pessoa da família interessada no salvamento do acervo, já que estava em um sótão exposto às intempéries. São 25 rolos de filmes em 8 e 16 mm, dos anos 1939 a 1954,   cada um contendo em torno de 14 minutos  - boa parte deles coloridos, possivelmente únicos, em se tratando de filmes amadores brasileiros dos anos 40 e 50. Tenho colocado esse material no youtube (vejam lá em "Paulo José da Costa") para que se perpetue, mas ele merece um projeto de algo melhor um dia, quem sabe a digitalização quadro a quadro e o lançamento de um ou dois dvds com o melhor desse material. Mas hoje vamos apresentar uma das viagens do Eugênio, com três amigos, feita em dezembro de 1951.    Ele fotografou e filmou a viagem. Infelizmente remanesce apenas um trecho da viagem em filme, a subida do rio Ivaí em dois botes a motor. Vai de Thereza Cristina até o Salto Ubá,   O comecinho do filme está muito ruim, mas ele melhora rapidamente e ganha as cores. No final, o encontro com índios aculturados, se é que se pode dizer isso, a família do Cacique Bastião, vivendo miseravelmente. É de doer ver os nossos exploradores entregarem uma garrafa de cachaça para os índios.  Os amigos de Eugênio Hauer Kwasinski  são Pedro Prosdócimo , Andreas Mayer, do Museu Paranaense e  Nicolau Kluppel Neto, pontagrossense, também fotógrafo (dos quais tenho imagens fantásticas que merecerão uma postagem futura).

                          Conforme nos informou o amigo Josué Correia Fernandes, de Ponta Grossa, ,"Fizeram o mesmo caminho que os desbravadores do século XIX (os Keller, o jovem inglês Thomas Plantagenet Bigg-Wither: foram até a denominada Therèseville (fundada pelo Dr.Faivre) - Tereza Cristina - e dali desceram o Ivaizão até entrar no Rio Paraná. Do marco zero do rio Ivaí (que fica no município de Prudentópolis, através da junção dos rios São João e dos Patos) até a Colônia Tereza deve dar uns 50 km, e dali até o Paraná mais uns 500 ou 600 (quem marcou bem essas distâncias foram os engenheiros Keller).
                                                                   
                     No pé desta publicação vocês irão encontrar um trecho do trabalho de Fernando Costa Straube e Pedro Scherer Neto sobre as expedições científicas no Paraná, capítulo atinente ao Andreas Mayer, do Museu Paranaense.  Agradeço muito ao Straube pelo contato precioso e subsídios inestimáveis.
                     Espero que apreciem a música dramática que coloquei no filme, "Abandoned" de Andrew Scott Foust.  E agora, peguem as pipocas e boa viagem !




AS FOTOS DA VIAGEM

Eugênio Hauer Kwasinski, o nosso explorador, com um dos carros, possivelmente de sua loja de veículos em Curitiba

o segundo carro e os botes




Eugênio Hauer Kwasinski em pose cinematográfica

o acampamento



a partida






os cachorros, imprescindíveis para as caçadas e proteção






Eugênio em pose de caçador






o rio Ivaí



uma capivara e um porco do mato



corredeiras do rio Ivaí - isto está assim ainda, alguém me dirá ?



hora do rango



a caminho - subindo o rio



o nosso herói à la Errol Flynn


a ariranha do Ivaí, tem um município com esse nome à beira do rio.



uma ariranha 



Um veado prestes a ser capturado  






a captura de um animal para o acervo do Museu Paranaense



O Eugênio aqui exibe seu troféu. Mas na verdade esses animais seriam tratados pelo taxidermista da expedição, o Andreas Mayer, funcionário do Museu Paranaense e que viajou exclusivamente para isso.



um pintado



em Mato Grosso, os índios Caiuá



rio Paraná, lado matogrossense, hoje sul-matogrossense



indio caiuá em Mato Grosso













seguindo viagem



3 dos 4 companheiros com aves apanhadas e que iriam ser tratadas pelo taxidermista da expedição, Andreas Mayer, do Museu Paranaense. (veja trecho do livro de Fernando Straube e Pedro Scherer-Neto a respeito de Andreas no pé desta publicação)



Andreas Mayer, do Museu Paranaense, trabalhando  









olha só o tamanho do bichinho



cobra gigantesca no rio Paraná



Pedro Prosdócimo, Andreas Mayer, Nicolau Kluppel Neto, Eugênio Hauer Kwasinski



aqui os 4 aventureiros e um trabalhador, com aves capturadas para o Museu Paranaense



potes de barro dos jusuítas do Guaírá



estará lá ainda essa figueira magnífica ? 



Esta igrejinha fica em Guaíra e está lá bem firme



Guaíra



Guaíra



Guaíra



locomotiva da estrada de ferro Matte Laranjeira
Conforme nos informou o Luciano Pavloski, essa estrada é a antiga Estrada de Ferro Mate Laranjeira. Diz mais:   "Veja que teve outras denominações, como "Estrada de Ferro Guaíra a Porto Mendes", mas na época das fotos do Kwasinski devia ser ainda E. F. Mate Laranjeira (ou pelo menos é a forma mais "genérica" de identificá-la)... Essa parte do texto da wikipedia resume o principal: "Encampação: em 17 de Abril de 1944 é assinado o Decreto n.º 6.428,1 por Getúlio Vargas, incorporando a Estrada de Ferro Guaíra a Porto Mendes, assim como as material e instalações fixas, instalações portuárias e todas as instalações e material flutuantes, ao Serviço de Navegação da Bacia do Prata (SNBP). Pelo mesmo decreto é encampado o Distrito de Guaíra.
Quando da incorporação pela SNBP, existiam três locomotivas muito antigas e desiguais e a via apresenta-se muito deteriorada. Em 1945 foram realizados os estudos necessário para a remodelação da ferrovia, sem a interrupção do tráfego.7 As obras proposta nunca foram executadas e as condições de operação pioram muito com o passar dos anos.  Fim: A ferrovia estava praticamente extinta em 1955 e foi erradicada em 1959 pelo Serviço de Navegação da Bacia do Prata (SNBP).Em 1963 a Cia Siderúrgica Guairá (hoje Gerdau), adquire via leilão, maquinaria, locomotivas e trilhos.  Foi preservada estática a locomotiva nº 4, fabricada em 1910, pertencente originalmente a ferrovia, a mesma encontra-se exposta na praça Eurico Gaspar Dutrade Guaíra.




Guaíra (Brasil) - militares (Paraguay)



Guaíra






início dos santos das sete quedas, de triste memória. Isso posso dizer que não está mais lá....



Sete Quedas



Sete Quedas






Sete Quedas






Sete Quedas



Sete quedas



Sete Quedas









Sete Quedas



Eugênio e um "piloto" paraguaio.



Eugênio e um "piloto" brasileiro



a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto Guaíra - rio Paranapanema



a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto Guaíra - rio Paranapanema



a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto Guaíra - rio Paranapanema



a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto Guaíra - rio Paranapanema



nosso aventureiro em pose holliwoodiana, com a câmera com a qual filmou as imagens constantes desta postagem 






Rio Paraná






de volta aos automóveis

               Esta postagem recebeu uma colaboração formidável de Eugênio Costa Straube, que nos deu diversas informações sobre o motivo desta aventura. Um dos membros da expedição, o alemão Andreas Meyer, era funcionário do Museu Paranaense, naturalista viajante, ornitólogo e taxidermista. Eugênio vem se dedicando há décadas ao estudo das viagens dos naturalistas no Paraná e, com Pedro Scherer-Neto publicou uma "História da Ornitologia no Paraná", da qual, pedindo vênia, transcrevemos as notas sobre Andreas Meyer:     
                   "Um dos marcos da Ornitologia no Paraná ocorreu oficialmente em maio de 1947: a contratação, pelo Museu Paranaense, do alemão ANDREAS MAYER, naturalista viajante e preparador, depois chefe da Seção de Taxidermia da instituição (Cordeiro e Corrêa, 1985).
                    A contribuição de ANDREAS MAYER à História Natural no Paraná é incalculável,
pois coletou não só material ornitológico (Straube e Bornschein, 1989a), mas também mastozoológico (Lorini e Persson, 1990), herpetológico (Bérnils e Moura-Leite, 1990), ictiológico (Wosiacki, 1990) e aracnológico (Pinto-da-Rocha e Caron, 1989). Em seus mais de 20 anos de trabalho, obtendo espécimens em sua maioria oriundos do Paraná, obteve quase 3000 exemplares de aves, cifra considerável se considerarmos as condições reinantes na época e o caráter sumamente regional de suas atividades.
Muitas das espécies obtidas, algumas delas compondo séries significativas, tornaram-se muito raras (e.g. Pipile jacutinga, Ara maracana) ou simplesmente não mais foram localizadas no Estado em nossas pesquisas recentes (e.g. Crax fasciolata), tratando-se provavelmente de extinções locais (Bornschein e Straube, 1991c).     MAYER, antes de estar oficialmente ligado ao Museu Paranaense, residia na colônia alemã de Terra Nova em Castro e, no tempo em que ali vivia, junto à sua esposa Emma Mayer, costumava vender espécimes de aves e mamíferos para o Museu Paranaense, conforme atestam várias de suas correspondências, sempre redigidas em alemão.
                    Diversos contactos postais com o então diretor do Museu, o antropólogo José Loureiro Fernandes, tornaram viável, então, a sua vinda para Curitiba, onde se estabeleceu definitivamente, passando a morar um uma casa no bairro Cabral até seu falecimento, na década de 80.
                     Na colônia de Terra Nova, o naturalista concentrou maior parte de seu trabalho.Para lá, mesmo depois de radicado na capital, viajava seguidamente, hospedando-se em sua casa, de estilo típico alemão, em um campo cercado por mata de araucária. Em seu laboratório improvisado, gastava horas a fio na preparação dos espécimes, tempo esse dividido com as incursões para as coletas. Nesse trabalho, colaborava seu grande amigo e companheiro de viagens, WILHELM SCHÜLLER e, às vezes, os filhos ainda meninos desse senhor, Wilhelm e Werner (com.pess.de ambos, em abril de 2001). Na colônia,
MAYER era tratado com reservas, em virtude de seus "estranhos" hábitos de naturalista, considerados excêntricos pelos colonos. Por esse motivo, e também em alusão ao seu trabalho, era conhecido pelo apelido de Vogel Mayer. Outro detalhe valioso para um traçado de seu perfil é que seu legado não
restringiu-se a espécies de um determinado tamanho ou outro, de um ambiente ou  outro... MAYER colecionava com o mesmo interesse e dedicação, as aves grandes e pequenas, fossem elas habitantes das matas, dos campos ou mesmo dos brejos e banhados. Para isso usava uma espingarda de caça de três canos, sendo dois do tipo "espalha-chumbo" e o outro, de projétil único, calibre 45; tratava-se da popular drilling, restrita aos caçadores europeus, principalmente da Alemanha. Os dois primeiros canos, um deles tipo cylinder (com diâmetro anterior e posterior iguais), outro choke (com diâmetro posterior menor, favorecendo a concentração do chumbo), eram usados para animais de menor porte, para os quais dosava cuidadosamente a quantidade de pólvora e o tamanho das esferas de chumbo. Tal procedimento facilitava seu deslocamento por entre as ramagens, tendo um único objeto nas mãos, com um máximo de chance de
flagrar os mais variados tipos de organismos. Com alguma frequência, ainda, solicitava aos meninos, filhos de imigrantes alemães moradores de Terra Nova, para, munidos de estilingue, caçar passarinhos nos
arredores da vila, sendo que os resultados do mutirão serviam-lhe para aumentar a representatividade das amostras (Wilhelm Schüller, com.pess. abril, 2001). Não bastasse a importante contribuição ao conhecimento ornitológico no Paraná, suas peças, tanto didáticas como para estudos, são de uma perfeição pouco comum. Partidário de uma rígida escola germânica de taxidermia na qual teria se formado,
MAYER era detentor de técnica única, ilustrada pela completa ausência de detritos que maculassem os espécimes e pelo absoluto primor com que ajeitava a plumagem. Raros, ainda, são os exemplares que apresentam couro exposto pela queda das penas, indicando não apenas um capricho indiscutível mas, principalmente, o uso de conservantes poderosíssimos. Sobre isso, uma antiga auxiliar (N.G.Correia, 1983, com.pess.) confidenciou-nos, resumidamente, os procedimentos para conservação das peles: o epitélio era
cuidadosamente envenenado com pasta arseniacal líquida e, anualmente, o couro submetido a pinceladas generosas de um conservante à base de para-dicloro benzeno.  Essa técnica, tradicionalmente realizada até os dias de hoje no Museu de História Natural Capão da Imbuia, permitiu que quase a totalidade de seus espécimes fossem mantidos íntegros, sem sinais de infestação por insetos ou fungos. Estilo de preparação parecido ao de MAYER, não encontramos em nenhum outro museu brasileiro. O molde interno do corpo, firmemente tecido com palha e arame ou cordão, tinha um eixo de arame grosso que lhe atravessava o crânio e sua ponta era dobrada à guisa de gancho, para secagem. Depois de pronta, a pele parece cilíndrica,
sem o achatamento dorsal característico e respeitando as proporções do animal quando vivo. É de se mencionar que, para o enchimento de alguns exemplares mais frágeis, utilizava musgo, enrolado por um cordão e obedecendo a forma original do animal. Adicionalmente, é impossível deixar de mencionar o material expositivo, também artisticamente trabalhado, cuja perfeição na montagem deveu-se especialmente
às suas rigorosas e demoradas observações de animais vivos, na natureza ou em cativeiro. Das peças, compunha ele próprio os pedestais, moldando-os em gesso envenenado, suportado por palha enrolada por arame ou cordão de algodão, algumas vezes anotando à lápis na face inferior: “AM”. Informação como essa, permitiu-nos resgatar a data de coleta do raro Eleothreptus anomalus (Straube, 1990), antes exposto
na coleção didática e, por nossa iniciativa, desmontado e transferido para o acervo científico.
MAYER gastava seu tempo como funcionário do Museu preparando peles, moldando pedestais, misturando conservantes e realizando outras tarefas próprias de um preparador caprichoso. Costumava, segundo contam ex- funcionários da instituição, permanecer trancado em seu laboratório, cuja porta era raramente aberta, exceto para apanhar o cafezinho servido pelas serventes que sempre dirigiam um olhar esquivo de curiosidade, antes de receber um "obrigado" com um sotaque alemão carregado.
Sua brilhante e produtiva participação em excursões científicas do Museu Paranaense foram amplamente reconhecidas em todo o Brasil. Olivério Pinto, Eurico Camargo (ambos do antigo Museu Paulista), Helmut Sick (na época funcionário da Fundação Brasil Central) e Fernando Novaes (Museu Paraense Emílio Goeldi), foram alguns dos que analisaram ou simplesmente identificaram seus espécimes. Um pequeno
acervo de ectoparasitos obtidos na região de Guaraqueçaba em 1944, colhidos dos exemplares e conservados em álcool, foi aproveitado por Lindolpho Guimarães (Guimarães, 1945). Não há como deixar de mencionar a sua participação na coleta de espécimes de aves nos arredores da Serra dos Dourados, associado à expedição liderada por José Loureiro Fernandes e Wladimir Kozák e que foi a responsável pela descoberta dos índios Xetá, na década de 50 (Kozák, 1981). Também participou de expedições pela
Seção de Antropologia da Universidade Federal do Paraná nas quais, surpreendentemente, não coletou nenhum material ornitológico (e.g. Estirão Comprido, nas nascentes do Rio Ivaí em dezembro de 1951, apud. Fernandes e Blasi, 1956). MAYER, deslocou-se por quase todas as paisagens naturais do Paraná, em suas expedições levadas quase sempre na mais completa solidão. Algumas vezes acompanhava-o seu filho Edmundo Mayer, cujas pretensões pela Ornitologia foram abortadas por ser daltônico. Diz-se, ainda, o que foi confirmado por amigos pessoais de MAYER, que o falecimento prematuro deste filho seria um dos motivos para uma depressão profunda pela qual passou, que o fez abandonar de vez a prática da
taxidermia e o gosto pela natureza. Em uma de suas expedições para o vale do Rio Ivaí (1945), desta vez
acompanhado do amigo Schüller, demorou-se vários meses, em busca de aves e mamíferos daquelas que eram regiões absolutamente inóspitas. Conta-se que, certa vez ao retornar a Terra Nova, os dois expedicionários quase que não foram reconhecidos pelos familiares e amigos, pelo avançado comprimento de suas barbas... (Wilhelm Schüller, com.pess., abril, 2001).
De fato, dentre as regiões visitadas pelo biografado, destacam-se algumas extremamente importantes para o conhecimento da distribuição geográfica da avifauna local, por encontrarem-se atualmente quase que completamente descaracterizadas de sua fisionomia original. Áreas geográficas especialmente amostradas foram o noroeste (vale dos rios Paraná e Ivaí), as terras baixas do litoral-sul (vale do Rio Cubatão) e norte
(região de Guaraqueçaba e estuários da Baía de Paranaguá), e vários pontos planálticos como os arredores das cidades de Castro, Palmas e Ponta Grossa. Um dicionário geográfico e revisão de itinerários mais detalhada encontra-se em preparação."
in Straube, F.C. & Scherer-Neto, P. 2001. História da Ornitologia no Paraná. In:
F.C.Straube ed. Ornitologia sem fronteiras, incluindo os Resumos do IX
Congresso Brasileiro de Ornitologia (Curitiba, 22 a 27 de julho de 2001).
Curitiba, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. p. 43-116



Paulo José da Costa
compra e recebe doações de acervos de postais e fotos antigas, inclusive álbuns de família
para arquivo particular
Proteja a memória, ensine as crianças a amar as fotografias. 
41 88050624
paulodafigaro@hotmail.com

https://www.facebook.com/paulojose.dacosta

22 comentários:

  1. Eu já escrevi uma mensagem ao autor desse blog parabenizando-o pela belíssima iniciativa. Esse material é de um valor inestimável e procurava por fotos assim há mais de 30 anos, uma vez que se conectam com um livro que estou escrevendo sobre as viagens de naturalistas pelo interior do Paraná. Quem se interessar, basta acessar o Google e clicar "Ruinas e urubus" podendo baixar gratuitamente os três volumes já disponíveis. O próximo será lançado ainda esse mês e fechará o Século XIX. Sobre essa viagem em específico, embora pareça ter havido uma mortandade de animais - algo que era muito comum naquela época - garanto a você que era uma expedição científica do Museu Paranaense! Todos esses animais estão hoje em dia guardados no Museu de História Natural Capão da Imbuia, em Curitiba. Esse acervo representa uma documentação valiosíssima de uma fauna que hoje não existe mais. Com o estudo desses exemplares é possível saber o que existia e especialmente, subsidiar um planejamento ambiental mais adequado para essa região. O alemão que aparece junto ao Klüppel e Krasinski é o famoso naturalista viajante do Museu Paranaense, chamado Andreas Mayer (ou André Mayer) que tornou-se funcionário dessa instituição em 1947 quando iniciou seu espetacular trabalho de documentação da fauna paranaense. É uma alegria imensa ver esse material. O volume que escreverei sobre isso ainda demorará mas todos os interessados podem me procurar se tiverem curiosidade ou interesse em algo que eu disponha e que, de alguma maneira, possa ajudar. Um grande abraço Fernando Costa Straube (com conta no Facebook).

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  2. JOAQUIM TRESGUERRAS
    Para mim que sou afixionado por fotografia e muito bom ver alguem que se interesse, relembre e divulgue acontecimentos importantes do nosso pais possibilitando que todos tenham acesso. Parabens!

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  3. Parabéns, isto é um tesouro para todos os paranaenses, principalmente aos que vivem às margens do Ivaí, como eu. Estou escrevendo a história do meu município e, com sua permissão, gostaria de utilizar algumas fotos e trechos das filmagens no livro e no documentário em video. obrigada

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    1. Cara Denizia, fique à vontade com o material. Se achar que eu mereço e quiser me enviar uma cópia do trabalho, ficarei grato. Posso inclusive mencioná-lo e divulgá-lo por aqui. Abração.

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    2. Obrigada, Paulo, se não se importar, vou usar nas filmagens outros videos seus sobre o Norte do Paraná. Pode deixar que envio cópia de todo o trabalho sim, vc merece por disponibilizar estes tesouros para nós. obrigada. Ah, me aceite no facebook.

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  4. POR ISSO QUE HJ EM DIA JÁ Ñ EXISTEM MAIS ANIMAIS NEM AVES COMO ANTIGAMENTE A CAÇA ACABOU COM TUDO, POR QUE NÃO PRESERVARAM SÓ SOUBERAM EXPLORAR Ñ CUIDARAM DA NATUREZA . SE ESSAS PESSOAS QUE ESTÃO AI NESSAS FOTOS POR CERTO JÁ ESTÃO TODOS MOTOS , VISE HOJE COMO ESTA O RIO TALVEZ TERIAM CONSCIÊNCIA DO QUE FIZERAM COM O RIO .... UM ABRAÇO!! ( REVOLTADO )

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    1. Na verdade esses exploradores estavam colhendo material para o Museu Paranaense. Possivelmente caçaram alguns animais para alimentação, mas não se tratou com certeza de caça predatória. Abraço.

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  5. Olá! Meu avô com mais 3 amigos fizeram este mesmo trajeto no rio Ivaí, em 1947, bem antes deste pessoal aí, em busca da cidade perdida Vila Rica, hoje chamada de Fenix, ( ressurgida das cinzas) onde tem um museu e um parque preservado com as ruínas desta cidade. Ele escreveu um livro contando sua aventura nesta empreita, chama-se " Nos Sertões do Ivaí" e eu sou a detentora do único exemplar que sobrou. Meu avô se chamava João Baptista Tolosa, renomada celebridade de Santo Anastácio-SP; onde, na antiga estação de trem, fizeram um museu que contém um grande acervo da minha família. Mas nem mesmo lá tem o exemplar do livro, que está comigo. Moro em Ribeirão Preto-SP e estou me preparando para retornar em visita a minha cidade natal e entregar ao curador o livro para ser colocado no museu.

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    1. Prezada Lucia Toloza. Fiquei muito curioso com sua história. A sua idéia de doar o único exemplar existente do livro ao museu é interessante mas lhe pergunto, não seria mais interessante ainda disponibilizar esse texto na internet para que TODOS possam ^ler sobre as aventuras do seu avô ? Porque se é raro assim, quanto mais se difundir, mais pessoas saberão da história e isso é o que realmente importa. Então, se me permite, sugiro que faça uma cópia escaneada do livro e o publique na internet. Ofereço-me para colocar em meu blog, inclusive pagando as custas da copiagem. Se possuir alguma foto de seu avô ou da expedição seria mais rico ainda. Ponho-me à sua disposição. a melhor maneira de fazer com que todos conheçam a aventura de seu avô é divulgá-la logo e isso hoje em dia é muito fácil. O museu pode ficar com o exemplar do livro, mas o texto será divulgado para todos os pesquisadores, professores, estudiosos e interessados na história do Ivaí. Pense nisso. e muito obrigado.

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  6. Caro Paulo, gostei demais da sua ideia! Como podemos colocá-la em prática? Sou leiga quanto a isso. Sabe, no Facebook tem um grupo chamado Anastacianos Vivendo e Recordando, quando pedi pra ser adicionada, fui questionada por causa do meu sobrenome, recebi uma enxurrada de elogios ao meu avô. Então, desde o dia 19 do mês passado estou postando os capítulos desde livro, e estão gostando, pois meu avô é de 1900 e tinha 47 quando fez esta viajem,as gerações posteriores a dele, nem imaginavam que um filho da terra tinha conseguido tamanho feito. Infelizmente não tenho fotos, inclusive, tem uma passagem do livro onde eles lamentam muito não terem uma KODAK (rsrsrs). Talvez até tenha fotos com ele, tiradas por outras pessoas, que ele encontrou na viagem e sita no livro como sendo historiadores, engenheiros e funcionários do Museu de Curitiba, mas infelizmente será impossível localizá-las.Eu gostaria muito de poder divulgar esta façanha do meu avô. Obrigada pela atenção. abraço

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    1. você precisa apenas levar o livro numa empresa que faça escaneamento, que trabalhe com scanners, e pedir para eles escanearem o livro. então, essas imagens poderão ser enviadas via e-mail para mim e eu posto no blog com uma pequena história que você me relatará. Assim qualquer pessoa do mundo poderá ler o livro de seu avô. É lógico que você mesma poderá abrir um blog, com a ajuda de alguém, e postar em seu nome. O importante é que seja postado e que todos tenham acesso. A postagem no face é ótima mas é limitada apenas aos que pertencem àquela comunidade, isto é pouco mais de 1700 pessoas. Estou me inscrevendo lá para ler os primeiros capítulos que você já postou. PS. uma outra idéia é você xerocar o livro e me mandar as cópias, que daí eu escaneio por aqui. Talvez seja mais barato para você. Mas posso pagar a despesa do scanner se quiser. Aqui, no lugar em que faço as minhas, custa 0,25 por página. Um abração.

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    2. veja a idéia que tive com esses diários. São cinquenta volumes e levarão anos sendo publicados neste blog que criei. Abraço. https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2916621097905343146#overview/src=dashboard

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  7. Paulo,por favor, se não for incomodo, me passe seu e-mail para que eu possa te mandar o livro. Assim que você for publicar, me oriente, por gentileza, como devo elaborar a minha história de introdução à postagem. Novamente, muito obrigada pela sua atenção. Abraço

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    1. você pode me mandar para paulodafigaro@hotmail.com se for muito pesado terá de ser com um aplicativo que o hotmail tem, o skydrive. Escreva-me e iremos conversando.

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  8. Ok! Mandarei o mais breve que eu puder. Obrigada. Abraço

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  9. Caro, Paulo, apenas uma correção, são 20 capítulos, é um livro pequeno, com 50 páginas. É o diário de bordo do meu avô, que ele editou como livro. Pois bem, amigo, eu localizei, nuns guardados do meu tio mais velho, que faleceu a poucos anos, um exemplar do livro, está faltando algumas páginas, mas posso xerocar do meu e completá-lo. Se você aceitar, quero presenteá-lo com ele, pois sei que estará em boas mãos.
    Meu e-mail é lu.toloza@hotmail.com, se quiser pode me mandar um endereço para eu enviá-lo pelo correio.
    Um abraço

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